“Olhava o minúsculo corte e a delgada linha de sangue que vagarosamente se expunha sobre o dedo, logo abaixo de sua unha colorida em vermelho. ´Vermelho rústico´, conforme havia dito a manicure no início da semana.
As frutas vermelhas, as unhas em vermelho rústico, o dedo levemente ferido. O corpo rústico como a cor do esmalte?
A condição humana era exposta e escancarada em um simples corte de um milímetro no dedo! Lembrou-se, inexplicavelmente, da existência da alma.
E a alma, que de rústico nada tem, e mais parece vapor, éter, e voa, voa.”