A Ilha, a personagem e eu

M. I. Garrett

M. I. Garrett

Muitas vezes, na calada da noite, espero-o acordada, enquanto o vento traz até mim o barulho constante do mar e o som de músicas africanas que o povo dança alegremente pelas ruas ou nos seus quintais. Vou silenciosamente até à varanda, porque escuto um ruído imperceptível que provoca estalidos na grande árvore de fruta-pão. Estes estalidos são fáceis de confundir com os passos leves de alguém que quer passar despercebido… mas não, não é ninguém, apenas a suave brisa da gravana…. No céu, as estrelas e a própria lua olham-me imperturbáveis, cintilando, indiferentes à minha inquietação.
Onde estará agora, que crimes resolverá com a prática que lhe dei, com a personalidade atraente que lhe construí, a quem tentará subjugar com aquele caráter forte e intenso de que o dotei?

Utilizamos cookies próprios e de terceiros para lhe oferecer uma melhor experiência e serviço.
Para saber que cookies usamos e como os desativar, leia a política de cookies. Ao ignorar ou fechar esta mensagem, e exceto se tiver desativado as cookies, está a concordar com o seu uso neste dispositivo.