E eis que nas preliminares dessa aventura fálica, então intitulada “A saga de um Zé Qualquer num paraíso chamado Brasil”, o leitor é convidado a conhecer o mundo do “Aristidão”, Jornalista que está Policial, seus amigos, dentre os quais o “Jeremias, com jota” e seus amores, incluindo a Dandara, que tinha um modo pitoresco de chegar ao climax, nos momentos de intimidade, suas pequenas e grandes tragédias, em um cotidiano caótico, doente, bem como a sua obstinação, ao tentar solucionar os assassinatos em série, envolvendo as “damas de paus” - os travestis, narrativa que tem como pano de fundo, a cidade de Belo Horizonte, capital das Minas Gerais, em tempo e espaço nada remotos.
Debates interiores no imaginário do protagonista, como violência policial, relacionamento amoroso e suas variações - homem/mulher, homem/ homem, mulher/mulher... violência contra minorias e até mesmo política (a eterna arte das escolhas equivocadas no processo eleitoral), dão o tom da trama.
Com verve humorística, mas conferindo a devida importância às temáticas acessórias ao enredo principal, temáticas tais, que sempre merecem uma discussão mais aprofundada, o texto vai instigando, provocando reflexões, com direito, inclusive, àquele sobressalto ao final, quando da exposição de determinadas vísceras, ao escárnio e eventual julgamento do leitor mais atento.