Teresa Ferrer Passos (assinou várias das suas obras por Teresa Bernardino) nasceu no nº 113 da rua Lopes, Alto de S. João, em Lisboa, a 9 de Agosto de 1948. Viveu em Coimbra dos 7 aos 10 anos. Regressando a Lisboa com os pais, foi viver para Algés onde contraiu poliomielite generalizada a todos os músculos em 1960, com recuperação notória para a gravidade do caso. Foi aluna do Liceu Nacional de Oeiras. Licenciou-se em História pela Faculdade de Letras de Lisboa, em 1973. Exerceu o cargo de professora de História do ensino secundário (com algumas intermitências) de 1974 a 1991, ano em que acabou por suspender a atividade docente por agravamento da sua patologia muscular. Começou a escrever artigos de opinião para o Diário de Noticias, em 14 de Maio de 1976 (o primeiro artigo titulou-se «O ensino popular em Portugal na 1ª República»). Até 1990, escreveu com regularidade na rubrica «O Livro da Quinzena», que iniciou neste jornal com um comentário ao livro Repensar Portugal do seu ex-Professor universitário Padre Manuel Antunes. Em 1982, Alain Montech, Professor da Universidade de Toulouse, traduziu o seu artigo «O Patriotismo, o Futuro e Portugal» (publicado na revista Nação e Defesa − assinava então pelo ortónimo Teresa Bernardino − do Instituto de Defesa Nacional em 1980), em Reconnaissances du Systeme Militaire Portugais, Vol VII, Institut d’Études Politiques, Université de Toulouse 1. Foi-lhe atribuído em 1989 o Prémio Monografia da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, pelo ensaio Fernão de Oliveira — 1º Gramático de Língua Portuguesa. De 1995 a 1997, foi docente de História Contemporânea de Portugal na Universidade Lusófona de Lisboa. Proferiu várias conferências, entre as quais «A Mulher na Vida e Obra de Camilo Castelo Branco», (1995 - 1º Centenário da morte de Ana Plácido) em Vila Nova de Famalicão e «Escritoras do Romantismo em Portugal – 2ª metade do século XIX» na escola secundária de Estarreja (1996). Escreveu prefácios e apresentou livros, sobretudo de poesia. Participou em coletâneas poéticas e ensaísticas. Traduziu o romance surrealista A Semana Santa de Louis Aragon para a editora Ulisseia (2003). Em 1994, fundou e dirigiu a Gazeta de Poesia, depois Gazeta do Mundo de Língua Portuguesa, tendo como objetivo maior dar à estampa uma revista «Em busca de uma poética do tudo», com a ideia prevalecente de unificar todos os saberes, sem marcas divisórias ou competições empobrecedoras (ciências humanas e ciências exatas).