Nasceu em Sintra e cresceu em Coimbra, cursando Direito. Casada, mudou-se para o Porto, onde reside desde então, repartindo-se entre a maternidade, a gestão, no Ministério da Saúde, e a vida académica.

Adolescente, escutava as conversas politicamente comprometidas de seus pais e lia compulsiva e anarquicamente, a par com a mãe, das bibliotecas do pai, do avô e Municipal de Coimbra, sem distinção de géneros literários: do romance, à poesia, ao teatro engagé e ao ensaio; dos clássicos, aos escritores existencialistas franceses, passando pelos americanos do pós-guerra e espreitando ainda a Seara Nova ou as Encíclicas do Papa João XXIII. Ao som dos discos de vinil de música sinfónica, tocados por grandes orquestras, da poesia declamada por João Villaret e das canções, ouvidas baixinho, de Zeca Afonso, ousava escrever poesia e prosa, que a não satisfaziam. Por fim, parou, guardando todos os momentos de lazer para a leitura, progressivamente mais selectiva e exigente, companheira de vida que nunca a decepcionou.

No lar, agora mais vazio, encontrados o tempo e o silêncio propícios à ponderação das coisas, os versos, que a preenchiam, quiseram materializar-se apesar de si. Alinhados como soldadinhos de chumbo em formatura rigorosa de conceitos, metáforas, toada e ritmo, permitiram-lhe uma liberdade nova. Nasceu este livro.

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