Elisa Alves nasceu numa pequena aldeia do Algarve, oriunda de uma família de fracos recursos, sendo a mais nova da prole de seis irmãos.
Do ensino escolar teve somente o primário; era tida como uma menina inteligente e esforçada, mas não lhe foi facultada mais do que a instrução primária completa.
Muito jovem mudou-se para Lisboa, e em pouco tempo começou a trabalhar num Departamento de Espetáculos como rececionista, onde trabalhou diretamente com a pessoa que descobriu nela a veia para a escrita, a escritora Odete Saint Maurice, que desde sempre mostrava agrado no que ela escrevia, incentivando-a também a começar estudar à noite, o que fez com muito sacrifício, até chegar ao quarto ano letivo. Viveu em Lisboa até 1999, altura em que decidiu emigrar para Grã-Bretanha, onde se encontra até hoje.
Pela frente, na sua destemida decisão de emigrar, teve como primeiro grande desafio a língua; hoje frisa que, graças a Deus, ultrapassou esse enorme obstáculo, com muito esforço e dedicação, tendo ocupado o posto de supervisora por muitos anos e demonstrado àqueles que com ela trabalhavam ser uma pessoa que, apesar de chefe, continuava humilde e amiga de ajudar quem dela precisasse.
Foi nesse percurso que trouxe à tona aquele que era o seu outro sonho desde criança, a pintura.
Assim, por entre ansiedades e desejos começou por juntar cores e descobrir formas escondidas no seu subconsciente. Atualmente a pintura faz parte da sua vida. Nos bons e maus momentos, quem a conhece e conhece as suas pinturas, sabe que estas são reflexos do seu sentir. o seu maior crítico e fã é o homem que a conquistou, que a entendeu e lhe mostrou o que é o amor e companheirismo em todos os momentos da vida, o seu marido.
Tem apresentado trabalhos fantásticos em exposições tanto em Portugal como em Inglaterra; há centenas de traba- lhos dela entre os dois países.
E por último realiza o grande desejo que sempre teve, que é escrever e descrever o que lhe vai na alma.
Degraus do Destino são partes da sua vida e da sua imaginação, assim como a pintura retratada no início da obra, que é igualmente de sua exclusiva criação.