Não consigo agarrar as palavras que escrevo.
Suspiram gritos de dor e revolta em busca de um outro mundo … Aquele onde os valores adormecidos ganham
cor e iluminam cada rosto com a mesma chama.
Em cada poema, estou sozinha e acompanhada pelo silêncio que berra em apelo ao próximo.
Quero uma mão estendida que procrie muitas mais. E, sem qualquer amarra, todas podem dar e receber.
A nossa fraqueza precisa de amparar muitas mãos … Para que juntas viagem por degraus firmes e generosos.
Quero um mundo vestido de coisas simples onde os acessórios não tenham prioridade.
Um mundo vazio de pobreza, de solidão, de violência, de diferenças, onde o vento só sopra amor, amizade,
respeito, serenidade…
Aguardando por todos vós neste meu mundo, é com a voz surda e a alma dorida que vos estendo a minha
mão… Carregada de sensações.
Alexandra Prats Couto