Colapso

Fernando Melim

Fernando Melim

Sobre eles, a imensidão sideral pulsava numa harmonia infinita. Em baixo, o mar plácido fulgurava em milhões de pequeninas e trémulas centelhas de prata. A cidade, aninhada no vale, mostrava-se recolhida num sono profundo. Não havia luzes. Só pequenas labaredas, algures, no meio das casas, quebravam o cinzento-escuro da grande urbe. Decerto incêndios, supôs Dillmouth. Mas, daquela distância, pareciam ser uma coisa sem importância. E, no entanto, o mundo estava a acabar.

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