Compasso da Vida

Ana Isabel Rosa

Ana Isabel Rosa


Na estrada da vida, por vezes insidiosa, é evidente a destreza de momentos que repartem o nosso dia a dia.
Quando somos confrontados com certas realidades que nos tocam, de maneira muito específica, temos a percepção de que algo estará para surgir.
Na exactidão do momento em que tudo sucedeu, o dia estava cinzento, tristonho, como se viesse anunciar algo que o coração não queria sentir, a chuva tombava de uma forma impetuosa, parecendo que pretendia purificar os sentimentos mais sinuosos, o espírito sentia cada embate de uma forma impressionante, com os sentimentos retidos na alma de forma tão reticente.
Foi difícil assistir à melancolia dos vossos filhos a ver-vos abalar para a eternidade. Ficou a nostalgia da meiguice de um beijo, a saudade de uma palavra, ficou apenas um silêncio ensurdecedor que nos mata por dentro, deixando revelar a alma assolada pela saudade.
As lágrimas, pedaços da nossa alma que nos lembram o quanto somos humanos e que, por vezes, é difícil manter a serenidade perante as adversidades com que nos deparamos.

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