Corsários do Islão no Atlântico Norte

Mário Fernandes

Mário Fernandes

Entre os séculos XVI e XVIII, os corsários de Argel, Tunis e Salé, apresaram mais de um milhar de navios, de todas as nacionalidades, no Atlântico Norte e lançaram o pânico entre as comunidades ribeirinhas de Portugal continental e dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, onde fizeram muitas centenas de cativos, que depois vendiam nos mercados de escravos daquelas cidades.
Os habitantes dessas comunidades chamavam às embarcações desses corsários, "navios de mouros" ou "navios de turcos", em consequência das bandeiras que arvoravam: a bandeira verde do "Crescente Fértil" ou a do "Império Otomano".
- Mas quem eram afinal os tripulantes desses navios, cujas práticas predatórias deixaram marcas na memória Colectiva dos portugueses, que ainda hoje persistem em frases como "anda mouro na costa" ou "bei diabo", esta mais comum nas ilha dos Açores. - Uma interrogação à qual se procura responder, neste trabalho, não apenas através de uma abordagem dos reflexos do corso praticado sob as bandeiras do Islão, no Portugal seiscentista e , de um modo geral, em toda a região do Atlântico Norte, mas analisando, também, as características dominantes dessa "Instituição". tão antiga como a própria navegação, que é o "Corso Marítimo".

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