Existe um mesmo livro – Lisboa Trágica – que acompanha os três contos, apesar dos protagonistas serem bem distintos uns dos outros e de nunca se cruzarem ao longo das suas vidas.
Conto primeiro – Um fotógrafo trabalha em Lisboa e está a ler Lisboa Trágica. A mãe e a irmã romperam com ele visto não concordarem com a sua forma de viver. Sente-se só mas não se pode isolar, tem de trabalhar e por causa do que faz, vai conhecendo algumas pessoas cuja filosofia de vida se assemelha à sua. No entanto, nem todos os encontros deviam acontecer.
Conto segundo – Uma professora primária ensina em Lisboa e ofereceu o livro Lisboa Trágica à irmã, com quem vive, esperando lê-lo depois de ela terminar a sua leitura. Apaixona-se pelo avô de um aluno e julga que a partir daí, apesar da sua idade, se encontrará de novo, e que saberá definitivamente o que é ser mulher. Uma mulher precisa de um homem, é o que ela pensa e, com este tipo de opinião, devia tentar pensar mais mas não consegue, está presa a este desejo de se sentir completa.
Conto terceiro – Um escritor reside em Lisboa e é o autor de Lisboa Trágica que se revelou um sucesso. O prazo para entrega na editora do seu segundo livro está a terminar, mas ele já o concluiu, está pronto para ser entregue ao editor, apesar de ainda estar indeciso em relação ao título que dará a este seu segundo livro. Para além disso, a mulher está insatisfeita com o casamento que levam, acusando-o de perder mais tempo com as suas obras do que com eles os dois ou com o próprio filho. Ele é muito novo ainda e julga que está a tempo de ir mudando os seus hábitos, mas para ela, aquele não é o primeiro casamento.
