É infinita e escura a noite
Quando quero rápida a manhã
Para ver teus olhos brilhar
E a tua boca sorrir,
Disfarçando a ternura
Num lânguido olhar
Que penetra o meu corpo
Sôfrego e quente
Que, como um rio,
Se espraia deliciado
À espera de ser amado
como as brancas ondas
Que, em perfeita harmonia,
Acariciam e fecundam
A areia ansiosa,
Húmida e ardente.
