Pele-a-Pele

Rita Loureiro Graça

Rita Loureiro Graça

O que toca e fica, o que toca e vai... no vento, no ventre. A pele: Órgão | Sentido |

Vestígio | Por um lado nos aparta do mundo, por outro nos permite contatos. Envoltório - de

quê? Reduto de nichos a serem percorridos, espaços a serem descobertos – esconderijos?

Miudezas de sinais, texturas, pelos. Onde pele, que se sinta. Em coceiras, inquietude. Em

arrepios, declaração. Sentido revestimento de sentidos, nos orienta nas vontades, nas

diluições: transbordância. Da profunda solidão de quem experimenta viver na pele, à flor da. No

todo-do-dia, esse cotidiano delicado e sutil dos feixes de luz. Desconcertos nas leituras à

esmo: abrir secreto de páginas, como o abrir de uma manhã após a outra. Rugas – sulcos na

terra das muitas peles; no despir, as marcas do contato nas marcas. Pele é senda, é sina de

quem habita-se e se faz habitar.

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