Por Xanas do Leste de Angola

Ernesto Fonseca

Ernesto Fonseca

 – Passou meio século, desde que um milhão de jovens portugueses lutou nos palcos da Guerra do Ultramar ou Colonial. Nove mil morreram e muitos mais ficaram estropiados, tanto física como psicologicamente. Milhares de familiares e amigos sofreram a angústia de não terem noticias deles e sofreram o medo de os perder.

–  Esse milhão de jovens não foi um milhão de fascistas que partiu para África, de armas na mão, para subjugar populações. O meu avô não era um fascista! Conheci-o bem.

–  Nenhum de nós era fascista! A juventude daquele tempo respondeu em bloco, impregnada de sentimentos patrióticos, por isso merece o respeito de todos.

–  Um respeito que lhe tem sido negado, por razões políticas, que já são difíceis de entender – acrescentou o jovem engenheiro, a pensar no seu avô.

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