Pornografia Fingida

Ana Bárbara Pedrosa

Ana Bárbara Pedrosa

"tu passas, ignoras-me, ignoro-te, como se nos fôssemos pouco, como se o amor nos faltasse. mas não, meu amor, não é o amor que nos falta. o meu múltiplo amor, o amor desumano, o amor que nos devolve tudo o que pudéssemos ter perdido, o amor que, só por ser amor, é já inferno, faz-me ver o mundo louco como se o nosso amor louco estivesse cheio de razão."

"e a pornografia que fingi não passa de pornografia fingida. compêndio dos sonhos, e não mulher. isso tu és. isso me és. és morte que foi tocada num instante. és vida que andou por mim errante. poema a sair do poema da loucura e dos aros da demência. mulher divina, eu prefiro enlouquecer nas varandas atacadas."

"foste-me tudo, mas morreste-me. a mim. nesta vida. para lá da morte. mulher que amei e perdi, és alma alada e ferida. um dia, se tiveres tempo, se não me esqueceres, conta-me como conseguiste conter-me na cruz deleitosa dos teus braços."

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