Convite
O poeta reflete o ardor
Das palavras que sente.
Nas tônicas, cadência de dor
Separada na tinta fervente.
Nas dobras do papel o pensar
Das ilusões a borrar a tela.
Os limites espaciais do falar
A construir uma ode a ela:
A luz refletida que invade
A janela da ânsia de viver.
Os olhos do poeta à cidade
Convidam as lágrimas a descer.
