O Caminho do Pólen

Fernando Ammon Valle

Fernando Ammon Valle

Euclásio tem vinte e três anos, um punhado de sementes e infinitos sonhos quando, ignorando os conselhos da família, parte de casa, mergulhando no projeto de conhecer o mundo. Após alguns anos de viagem, descobre-se trilhando os ermos de cordilheiras sagradas, protegidas por habitantes locais. Pouco a pouco, a aventura extenuante transforma-se em jornada do espírito. Khamsin, guia e filósofo, confronta Euclásio com pontes estreitas e perguntas sem resposta, insistindo na Busca de uma Verdade única e singela, uma empreitada monumental à qual estariam agrilhoados todos os seres humanos, incluindo os já falecidos. Estamos vivos para partir, viajar e, eventualmente, descobrir... um centro. Chegaremos lá juntos ou jamais chegaremos. Darwinista convicto, Sirocco junta-se à expedição trazendo caos, vinho e um segredo que mudará os planos de viagem. Com argumentos eloquentes, desconstrói a teoria de Khamsin, acusando-o de pretensioso, louco, falso místico. Para o cientista, estamos vivos para nos maravilhar, basta que estejamos vivos. A vida é simples e perfeita, tão simples quanto... um círculo. Euclásio degusta o banquete ideológico com regalia. A digestão é que é difícil. Às vésperas da jornada definitiva, o aprendiz de argonauta confessa-se perdido. Viver é uma busca solitária? O que é preciso fazer? Onde é preciso ir? Para completar o círculo, é preciso estar no centro? Engendrado nos confins do universo, um evento cósmico colocará em xeque todas as crenças, entrelaçando os destinos dos homens e das estrelas. Fundem-se, afinal, a busca exterior e a busca interior. Partir, retornar...

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