Quarentena - Memórias de um país confinado - Portugal

Vários Autores

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Da minha varanda, vejo as árvores a serem fustigadas pelo vento forte. Não existe confinamento para o que nos inunda de gravidade. Digo: a terra. Novos silêncios e partículas muito frágeis começaram a nascer no sonambulismo que estava esquecido. As cidades desoladas, esqueceram os pés em todas as ruas. Mas, e voltando ao vento, digo apenas, que nada estrangula  a fúria da esperança. E nesta paciência que lambe paixões muito espessas, estremeço nas palavras que não contaminam.

Portanto, basta escrever. 

 

Ricardo Novais

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