A autora, na sua estreia literária, apresenta-nos um conjunto de quadras herdeiras da mais recente tradição oral. Nelas perpassa a exaltação do amor, conseguindo um notável equilíbrio entre o sério e o cómico: Quem me dera ser lágrima/Para em teus olhos nascer/Em tua face rolar/Em teus lábios morrer. Nas ondas do teu cabelo/Eu aprendi a nadar/Agora que és careca/Ensina-me a patinar.No panorama editorial nacional, sintomático de uma subalternização da poesia, livros como estes são sempre bem-vindos.
