"Tal como o sangue circula no corpo e é necessário à vida, assim se pensou que a moeda, o dinheiro, seria o alimento que daria substância à sociedade, ou, mais profundamente à actual civilização. Sem regras devidamente estruturadas, sem ética, e sem moral, sem finalidades sociais, as repúblicas, copiando-se sucessivamente, deixaram que grupos de usuários comandassem a economia, e que retirassem dos empréstimos um proveito superior ao aumento real da produção de bens. Assim, não há volta a dar, e as dívidas (que nos deixam muitas dúvidas da forma como foram constituídas) não podem ser liquidadas."
(in "Autofagia da civilização")