Estranha forma de vida

José Rolando Costa

José Rolando Costa

 «O que motiva a emigração?»

É consciente que esta severa decisão implica, necessariamente – por força da mudança de ambiência –, a perda das referências adquiridas nas vivências com a família, com os amigos e com a sociedade em geral, paradigmas que interferem, de forma direta e objetiva, no bilhete de identidade sociocultural do emigrado, de um povo inteiro, de um país que se quer sábio, equitativo, fraterno.

«Não será esta identidade o maior valor acrescentado da vida humana?»

A emigração é a forma mais fácil de fazer ruir a estrutura de uma organização social, dos valores tidos como essenciais para a definição do que se entende fazer valer um «pedaço de chão como nação.»

«É criminoso o país que aceita e incentiva esta forma de viver no seu povo.»

Em quase nove séculos de história, não houve tempo, nem condição, para a construção de um país com futuro, onde caibam todos por inteiro e de forma justa: os mais e os menos letrados; os mais e os menos afortunados, onde deixe de ser ouvido que não é um país para jovens, muito menos para idosos!

Portugal não produz a riqueza suficiente para existir com soberania e independência, não garante a qualidade de vida adequada para toda a sociedade que a constitui.

«É um país feito de castas viventes em guetos, de usufruto para poucos.»

«Salazar também dizia, quem daqui parte não merece cá viver!»

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